sábado, 30 de abril de 2011

Nunca acerto uma #6

A minha mãe tinha feito anos e tinha avisado o mundo inteiro que não queria confusões e que se possível não lhe relembrassem que fazia anos. Optei por fazer algo mais soft que não a incomodasse demasiado, apenas um bolo para cantar com os colegas de trabalho mas acabou por se tornar um momento mais forte do que o previsto...

C: Depois disto a minha mãe mata-me viva.
Ele: ....?

Tradução: Come-me viva + mata-me.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Frases que me afundam a alma

Se há coisas que odeio profundamente é ser abordada por um rapaz/senhor que acha que tem as melhores frases de engate do mundo quando na realidade é um frustrado nas relações com o sexo oposto. Hoje foi prova disso...

A passar ao pé da Sé, cheia de pressa para não chegar atrasada ao trabalho:

Fucked up boy: Não vais ao fundo de certeza.
C:....? (sem perceber o que é que tinha acabado de ouvir)
uns segundos mais tarde, já a descer as escadas da Sé
C: .... Fuck! Já percebi.

Fui o resto do caminho a remoer não ter tido a resposta perfeita na ponta da língua e a mandar o mundo inteiro à merda.

Esta é uma das minhas enormes angústias... Infelizmente por vezes o meu pensamento lentifica de uma forma extraordinária, o que faz com que apenas uns segundos mais tarde perceba de facto o que as pessoas me estão a transmitir. Ainda não percebi se é defeito de fabrico. O que é certo é que raramente consigo ter a resposta certa para dar devido a este meu pequeno défice mental.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Amor de dona

Amor por um cão é saber que ele acabou de se chafurdar em merda mas chega ao pé de ti a ganir porque se entalou numa das patinhas e tu cedes em dar-lhe festas na cabeça e pata para o acalmar enquanto controlas o impulso de vómito.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Nem tudo é calúnias

Hoje tinha que dedicar um pequeno post a este dia.
Há um ano atrás estava por recônditos europeus que não me deixaram festejar com os meus este dia importante que, a meu ver, parece cada vez mais esquecido pelos que verdadeiramente o viveram.
Um abraço a todos aqueles que ainda acreditam que vale a pena lutar pela nossa liberdade e não ceder às loucuras hodiernas.

Viva o 25 de Abril!

Nunca acerto uma #5

A semana passada decidi andar em mudanças. Carreguei móveis da idade da pedra que pesam toneladas, tudo porque a sala precisava de "mudar de ares".

A minha mãe queria que eu arrastasse o móvel de uma maneira específica e eu já cansada das mudanças saio-me com um "tou lixada ao bife contigo" ao qual a minha mãe se dignou apenas a dizer: "...ai filha..."

terça-feira, 12 de abril de 2011

Ups... #2

Esta arrancada intitula-se: Don't mess with your thesis' supervisor
Estava a menos de uma semana de entregar a tese e o meu orientador tinha-me dado a sugestão de alterar e acrescentar informações à mesma. Esfalfei-me a semana inteira para ter tudo pronto e decidi contactá-lo para saber onde nos poderíamos encontrar. Indicou-me que só poderia a partir das 21h... Depois mais tarde contacta a indicar que afinal iria jantar com a filha e nesse caso se eu podia ir ao restaurante entregar-lhe a tese para rever. Assim fiz:

O: A C sabe onde servem a comida vegetariana aqui?
Eu: Sim, acho que sei...
O: É fácil de encontrar, a C entra e quase em frente tem umas janelas de vidro e é aí...
Eu: Sim, sim... é onde costumam servir as refeições normais.
O:....

Eu em pensamento: F***, S***, emenda o que acabaste de dizer já!

Eu: Sim, eu já aí fui jantar e eles têm uma sala onde normalmente servem as refeições, é nesse sítio que me indicou.
O:..Pois, é isso, então até já.

Sou tudo e nada

Se há coisa que enerva até as pessoas mais próximas de mim é o facto de eu viver a minha vida como se tivesse caído num enorme caldeirão de droga que me deixa completamente alegre, inquieta e a ver o mundo ao arco-irís, ou então como se tivesse acontecido a maior desgraça na minha vida, que não existe solução e é tudo um drama. E não, não sou bipolar de nenhum tipo - sei porque já li muitas vezes o DSM-IV. (Segundo Ele é apenas porque sou mulher - pff, entenda-se lá). Ontem foi um caso típico da minha flutuação de humor. Primeiro estava super nervosa com a entrega da tese, com receio que não desse para imprimir e encadernar tudo a tempo da entrega. Quando a senhora da reprografia me garantiu que daí a uma hora estava tudo pronto, todo o peso saiu de cima das minhas costas e andava felicíssima a passear pela cidade com ele. Ele com uma directa em cima estava pouco falador, mas isso não importava, eu podia falar por ele e por vezes dava por mim a questioná-lo, a responder por ele e a responder a ele por ele. A cara dele era impagável.

Verdade seja dita, acho que este tipo de high é extremamente saudável, é grátis e a satisfação é bem maior do que aqueles que vivem a vida a meio gás. Muitos ficam pasmados com a minha adrenalina, mas ninguém poderá negar que não acabam por ficar contagiados com a mesma e, de vez em quando, lá vou roubando algumas gargalhadas.

Haja algo de positivo em ser como sou hehe

Ups...

Apesar de achar que até tenho uma inteligência emocional acima da média e que até tenho jeito para lidar com pessoas, sempre tive problemas em expressar-me verbalmente de acordo com o meu pensamento.
Um exemplo claro disso, que já remonta aos meus 12/13 anos, foi quando uma grande amiga minha da altura pôs aparelho nos dentes. Eu sempre tive os meus dentes ligeiramente desalinhados e para mim aquilo era simplesmente fantástico. Estávamos naquela idade em que nos começávamos aos poucos a transformar em pequenas mulheres e usar um aparelho para corrigir a dentição era algo vantajoso a meu ver para um dia quando fosse mulher ficasse mais bonitinha. No entanto, o meu entusiasmo foi mal-interpretado por todos os presentes (amiga, amiga da amiga, pais e avós da amiga), com a seguinte frase (mais ou menos igual à altura):
"Sabes ****, usares aparelho é muito fixe porque agora vamos passar por aquela fase também das borbulhas e é muito chato porque vais ter o aparelho e as borbulhas mas depois vais ficar muito bonita" - Pois, o meu objectivo era explicar-lhe a vantagem de passar essa fase chata a corrigir a dentição porque depois iria ficar uma rapariga com um sorriso bonito mas o que toda a gente naquela mesa durante o almoço entendeu foi que eu estava a chamar a filha, amiga e neta de feia.
Na altura senti-me extremamente mal com aquilo e deve ter ficado qualquer coisa daquele tempo para, agora com 23 anos, ainda me lembrar desse momento como se fosse ontem.

Não há nada a fazer, sou mesmo assim e ainda bem que há quem me conheça e perceba como a minha cabeça funciona.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Nunca acerto uma #4

Ultimamente ando desaparecida, com demasiado trabalho entre mãos mas mesmo assim não me livro de dizer as bacoradas pelas quais já sou conhecida

Em conversa com Ele:

Eu: Fogo, detesto ir a cabeleireiros, só se diz merda...
Ele: Como assim?
Eu: Epá é que começam logo com histórias do arco da breca
Ele: ... ?

Histórias do arco da velha + levadas da breca

sexta-feira, 11 de março de 2011

No Carnaval ninguém leva a mal

Nos meus 11,12 anos eu gostava imenso do carnaval.
Em mais um carnaval que se aproximava já tinha decidido que queria mascarar-me de índia e tinha encontrado um fato todo giraço que ainda hoje tenho guardado algures.
Na minha escola festejava-se bastante o carnaval, não tínhamos aulas, havia pequenos piqueniques para toda a gente, gincanas e claro está, concursos de máscaras.
Já desde a primária me diziam que eu era uma autêntica borboleta, que não conseguia sossegar o meu pensamento e que andaria sempre a saltar de flor em flor. Ainda hoje sou assim, não há nada a fazer. Mas naquele dia, deveria ter prestado atenção ao programa de carnaval.
De manhã levanto-me super entusiasmada, visto o meu fatinho, pinto umas riscas com batom velho da minha mãe e vou para a escola toda satisfeita.

Chego à escola e estranho não ver as outras crianças à entrada mascaradas. Despeço-me da mãe e entro escola a dentro para me aperceber que não havia uma única criança, do 1º ao 9º ano mascarada. Ninguém! Já na aula percebi que este ano era só para virmos mascarados da parte da tarde e então eu, com os meus 11 aninhos passei uma manhã inteira mascarada no meio de mais de 500 alunos a fazer-me passar por chéché.

O que vale é que os professores já sabiam o que a casa gastava e não me deram muito na cabeça.
Só mesmo eu passei humilhações destas... Não admira que depressa me tenha fartado do Carnaval.

terça-feira, 1 de março de 2011

Acontece a todos

Nas notícias sobre os portugueses que regressaram da Líbia, entrevistam um senhor sobre a sua experiência:

"... Foi muito mau. Eles autorizaram-nos mesmo a não sair de casa"

A minha mãe também me autorizou muitas vezes a não sair de casa por não ter arrumado o quarto, sim.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Nunca acerto uma #3

Com ele em frente ao computador:

Eu: Deixa-me ir aí que preciso de enviar um e-mail.
Ele: Vá dita que eu escrevo.
Eu: Muito boa tarde (ele escreve muito boa tarde e continua na mesma linha). Traço-Chão.
Ele: ? Quê?
Eu: Parágrafo.
Ele: ....