sexta-feira, 11 de março de 2011

No Carnaval ninguém leva a mal

Nos meus 11,12 anos eu gostava imenso do carnaval.
Em mais um carnaval que se aproximava já tinha decidido que queria mascarar-me de índia e tinha encontrado um fato todo giraço que ainda hoje tenho guardado algures.
Na minha escola festejava-se bastante o carnaval, não tínhamos aulas, havia pequenos piqueniques para toda a gente, gincanas e claro está, concursos de máscaras.
Já desde a primária me diziam que eu era uma autêntica borboleta, que não conseguia sossegar o meu pensamento e que andaria sempre a saltar de flor em flor. Ainda hoje sou assim, não há nada a fazer. Mas naquele dia, deveria ter prestado atenção ao programa de carnaval.
De manhã levanto-me super entusiasmada, visto o meu fatinho, pinto umas riscas com batom velho da minha mãe e vou para a escola toda satisfeita.

Chego à escola e estranho não ver as outras crianças à entrada mascaradas. Despeço-me da mãe e entro escola a dentro para me aperceber que não havia uma única criança, do 1º ao 9º ano mascarada. Ninguém! Já na aula percebi que este ano era só para virmos mascarados da parte da tarde e então eu, com os meus 11 aninhos passei uma manhã inteira mascarada no meio de mais de 500 alunos a fazer-me passar por chéché.

O que vale é que os professores já sabiam o que a casa gastava e não me deram muito na cabeça.
Só mesmo eu passei humilhações destas... Não admira que depressa me tenha fartado do Carnaval.

terça-feira, 1 de março de 2011

Acontece a todos

Nas notícias sobre os portugueses que regressaram da Líbia, entrevistam um senhor sobre a sua experiência:

"... Foi muito mau. Eles autorizaram-nos mesmo a não sair de casa"

A minha mãe também me autorizou muitas vezes a não sair de casa por não ter arrumado o quarto, sim.